“ZONA DE PERIGO” : AS VIOLÊNCIAS CONTRA MULHER AINDA RESTA ALGO A FALAR?

The article, in the epigraph, assumes a thematic revisional character and aims, in its analysis, to present two main forms of violence against women: the domestic and the symbolic, allowing reflections on aspects of patriarchy and sexism and how they unfold in the intersection of permanent maintenance of gender violence and in its different manifestations. For this analytical approach, we used data from the Yearbook of Public Security (2021) and other institutes, establishing a dialogue with the authors(s), as well as reflections through everyday speeches and a musical composition that served as a reflective motto, trying to exemplify the re-signification of violence from the symbolic constructions that operate in the social context and perpetuate models and behaviors for women. We understand that our analytical/reflective proposal is justified in view of the recognition of analytical feminist practices based on an epistemology of daily life (part of examples taken from everyday life), considering that it aims to prepare women for mapping violence, especially the symbolism, which contributes decisively for the maintenance of an exclusionary, misogynistic and oppressive society, mainly due to secular/patriarchal cultural facilities that undermine and reduce women's rights. In the present study, an introductory dialogue was established based on the discussions made during the mini-course, through news of violence conveyed in the media and which reflect Brazilian statistics, with regard to the most varied forms of violence against women. From there, we build relevant reflections that assure us about the patriarchal devices that maintain this structure of violence against us.O artigo, em epígrafe, assume caráter revisional temático e objetiva, em sua análise, apresentar duas formas principais de violências contra as mulheres: a doméstica e a simbólica, possibilitando reflexões sobre aspectos do patriarcado e do sexismo e como eles se desdobram no entrecruzamento da manutenção permanente das violências de gênero e em suas diferentes manifestações. Para esse recorte analítico, utilizamos a exploração de dados do Anuário de Segurança Pública e de outros institutos, estabelecendo diálogo com autoras(es), bem como reflexões mediante falas do cotidiano e uma composição musical que serviu como mote reflexivo, intentando exemplificar a ressignificação das violências a partir das construções simbólicas que operam no contexto social e perpetuam modelos e comportamentos para a mulher. Compreendemos que a nossa proposta analítica/reflexiva se justifica tendo em vista os reconhecimentos de práticas feministas analíticas pautadas numa epistemologia da vida diária (parte de exemplos retirados do cotidiano), objetivando preparar mulheres para mapeamentos das violências, principalmente a simbólica, que contribui decisivamente para a manutenção de uma sociedade excludente, misógina e opressora, principalmente em virtude de equipamentos culturais seculares/patriarcais que minam e reduzem os direitos das mulheres. No presente estudo, estabeleceu-se um diálogo introdutório a partir das discussões feitas no transcorrer do minicurso, mediante notícias de violências veiculadas nas mídias e que refletem as estatísticas brasileiras, no que se refere às mais variadas formas de violências contra a mulher. A partir dai, construímos reflexões pertinentes e que nos asseguram sobre os dispositivos patriarcais que mantém essa estrutura de violência contra nós